quinta-feira, janeiro 10, 2013

manuel sá

Entre o som de britadeira do novo "millenium excellence" a ser construido na minha rua, sou devolvida ao meu tamanho original. É hora do almoço de um dia de semana dessa meia férias. A irmã entra no quarto e trovoa suas questões. A amiga no facebook reclama do ex namorado. Espero um compromisso se confirmar ou desconfirmar. Enrolo para começar a trabalhar. Os problemas da vida, como itens num excel imaginário, vão ficando menorzinhos. Pequenos e talvez deliciosos como amoras.
Do tudo ao nada, da vida a morte, da crise a ponte, fico em casa saboreando nos beiços o gosto do café depois do almoço. "nada de novo sobre o sol! o que existe é o mesmo ovo de sempre, chocando o mesmo novo".
Muito prazer.
Sem pensar em arrancar as tripas sinto a verdade de uma tarde nublada que se esconde entre sensações e pequenas verdades. Encontros fortuitos, páginas roubadas de um livro. Um filme que extingue a tristeza.
Volto ao gosto amargo, ao gosto salgado e ao gosto doce. Parto desse chão de estrelas inventadas no céu da boca. Se é para inventar, vamos inventar oasis, vamos inventar idílios! A dor é 82% ilusão. Vamos ilusionar alegria! Que a vida é mais terra do que céu.

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