terça-feira, junho 27, 2006

ondas alpha

todos os segundos escorrendo pela memória, não os sei - eles não me sabem. esses instantes todos construídos na solidão absoluta de todo homem, não me parecem nem exatos, nem reais. deles, os que se salvam, são muito poucos. como andar na praia até amanhecer comentando infâncias nunca antes trazidas a esse meio fio de vida (esquecidas nos cantos obscuros da memória). surreal como o resto, no entanto, tenho uma certa impressão de que por vagos momentos, a alma não era só minha, e sim, podia ser dividida. digo isso pois o decorei, sei de cor o instante, mas ele não existe. - existiu? - possível, mas já não há mais provas concretas. pura ilusão toda idéia de construção, afetam-me apenas a influência espectral dos instantes somados, mas reduzidos ao passado. dos amores que tive ou não tive, das amizades: sombras e marcas d'água. só o é em um instante, na possibilidade do presente (pois ele também não existe). vagas construções, as sensações são a única prova de que há vida. sinto o instante no prazer. no instante sinto prazer, nem antes, nem depois, apenas no vislumbre do segundo.

domingo, junho 25, 2006

índice

tenho uma loucura,
faço minhas próprias regras.

sozinha num mundo à parte (?)

ou eles, fora desse meu mundo,
é que estão loucos?

sábado, junho 24, 2006

cara ahhh anets sério eu adoro voce´, bem piegas idiota, sem grandes inspiraçoes... vc merece mais neh? vc sabe?...
amo vc bixo, seja sempre...annets! (vc acaba de ganhar de ser denominada um adjetivo! fora seus outros significados: contadora honoravel de piadas muito-boas, judia mais gostosa do universo, loira dos cachinhus dourados, jogadora de poquer, dançarina profissional...)
amo vc nets!
a.k.a: japa mais gostosa do recinto.

hoje tava afim de ser romantiquinha

meu sentido tá na sua atenção

terça-feira, junho 20, 2006

alienação

(girava, girava, gritava, anseava, a lágrima, o suor, e o desejo. e gritava de desejo, e ardia.) - mas nisso não preste muita atenção.

paredes que continham as neuroses, os limites a criar a civilização, matar um velho desespero humano.
dentro do quarto ardia incessante a vida, ausente da vida.

dias que passam brancos, salvam-se os mínimos instantes,
de coisas que podem ser sentidas,
com o âmago.

nem o amor se salva,
esse que se inventa.

nem o frio, nem a dor, nem o poeta,
no fim já não há mais o que se salva,
o que resta de profano e puro,
fora teu sexo e sangue,
e tinjo-me de tinto,
e deliro,
acabo com a angústia da dúvida,
que é a única coisa que me resta.

segunda-feira, junho 19, 2006

esquizofrenia.

parece que eu tenho que começar tudo de novo,
descobrir traquejo por traquejo as manhãs do mundo.
as palavras, certas, nas horas certas.

desaprendi,
dentro de mim,
foi tilt,
melhor, afinal das contas,
sempre quis demolir meus muros.

meus olhos brilham com a novidade,
do antigo desconhecimento.

tenho que começar do príncipio,
do que são as coisas,
e seus lugares.

escapar da desconstrução absoluta,
do esquecimento.

eu posso criar um mundo.

terça-feira, junho 13, 2006

sapeca

preciso suplantar uma tal de eloquência pedante.


(hihihihihi)

domingo, junho 11, 2006

o cimo do outeiro

o som seco dos meus passos,
as consequências tolas dos meus atos.

desequilíbro,
os sonhos e delírios estreitos durante o dia.
ímpetos barrocos,
da hipérbole vazia e inata.

o riso e a utopia,
o sucesso e a discordia,
príncipios da realidade,
não desse outro mundo que me invade.
ébrio sem beber, esquizofrênico,
perverso até seu fim,
privado.

das vezes que acordar não é mais abrir os olhos,
quando não se tem mais medo,
dos mistérios além da curva.

sábado, junho 10, 2006

sono

a neurose que sufoca tão pesado as palavras, deixa implícito um lusco fusco, um ritmo indenifinido. o contrário de nada é nada, pois é, o contrário do previsível é o previsível, e quando não é,
é definitivamente mais inteligente que você. pequenos momentos de satisfação, é insuportável pensar que não estou a procura da satisfação eterna. insuportável.
hoje, saí do bar e queria só um sexuzinho, um nada de nada, mesmo que amizade, pra deslocar esses músculos da plataforma
que se estranharam.
como na sinuca, as palavras seguem brotando. quiçá o samba, quiçá a maratona. ainda a inquietação entre as coxas. dou te um belo de um foda-se, e um cheiro de eu e ti pairando no ar. quero sim, sim, quero sim. não gosto não do começo do lusco fusco, nem do meio, nem do fim. ainda tô aprendendo. é sim. meia garrada de uísque. mil xerox. e eu só preciso de uma pitadinha de carinho.

quarta-feira, junho 07, 2006

o que adianta?

queria escrever aqui com palavras de sangue do ódio da minha neurose. tento apenas ser o melhor de mim, tentanto não soar antagônico. e àqueles todos que me criticam seriamente chamo-os de alma pequena. volto pra casa a pé. passo ante passo testo minha força. na rua, como uma lunática, proclamo um discurso inflamado e egocentrico. passo ante passo sinto dor. marasmo de carência. nojenta, porque não foi pra casa mais cedo? ecoa na minha mente. ecoam as aulas da semana, os descrentes que aqui leram palavras tão baratas. ecoa que sou tão barata. só destoa o amor, que não existe. o alcool, a dor, a cumplicidade. palavras sem vontade. de ninguém pra ninguém.

terça-feira, junho 06, 2006

aniversário

como presente,
te serei um poema.

segunda-feira, junho 05, 2006

utopia

eu quero que todos eles me deixam em paz.
para de falar comigo.
me dá dinheiro e paz.

eu quero só música e vinho na luminosidade certa.
e algumas vezes umas escravas brancas pra me entreter.

alcolismo

a cidade é tão grande,
tantas festas.
muito dionísio,

os dedos se sujando mais com subverção do que com jornal.
acho ótimo,

tantos universos.

que não consigo parar de beber.

fico encantada, caindo rua por rua,
pelas mulherzinhas de sampa,
e pouco me importa,

o sentido como verdade.

esquema:


vinho e olhos azuis
cerveja e fitinha no pescoço,
dreher e cocaína.

pouco tanto importa.