domingo, fevereiro 02, 2014

nilo

(egito que me pareceu uma boa palavra pra começar um texto. eu, que já me perdi, não vou me comprometer a escrever um texto. escolher palavra por palavra, ou só soltar a mão enquanto quase pensa,)

como dançar e é tão dificil dançar
e deixar uma mão avulsa talvez morena
conduzir seu corpo sem jeito.

a mão. tento a adivinhar entre minhas costelas.
de vez em quando a perco. não sinto.

(se é pra ser astrologa curandeira no meio de muito mato
ou estudar o labirinto da historia numa cidade espanhola
ou ainda voar nas vertigens do capital na cidade do capital.
vou para bahia.
lá, entre águas bem claras, companhias e algas marinhas
talvez essa mão que anda meio mole
assuma essa dança.)

o mundo é tanto,
e minha vontade tão pouca.
fica uma saudades
ocre,
viva,
no fundo da garganta.

aproximo aproximo lentamente.
como quem tateia sons no meio da mata.
aproximo sem saber de quem ou que.
na espera de que ali no além tenha o algo
que sequer eu sei precisar querer.

e quero.
e vivo.
e a vida imensa chega mansinho sobre meus pés.
ou come minha cara como uma pantera.

foda-se.
vou terminar esse texto como comecei.
num descompromisso necessário
com qualquer coisa que não seja oceano.

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