mentiras esculpidas no seio da saudade,
são suas idiossincrasias que vem me saudar.
do longe fomento essa solidão repleta
com fatos delicados costurados em linha branca.
ficções e outras prosas corrompem
o fio infame da verdade
porém inflam de ar quente
o ventre tardio do querer.
e se no meio da tarde
rompe
a linha tenue
que desenhei
entre eu e você
e me entrega
embrulhados
os fatos todos inventados
em papel jornal
ai o amor desabrocha
como a água explode
de dentro da terra
sem avisar ninguém.
terça-feira, maio 20, 2014
quarta-feira, maio 07, 2014
frieza
o gelo bem fino que se rompe se parece com vidro,
mas corta de frio e não de ponta.
o gelo que vira água
e escorre pelo seu corpo que é quente,
seu corpo que muda,
mas que é sempre mais quente que o gelo,
mesmo triste,
mesmo louco.
o gelo que dói a pele.
o gelo que emprazera o calor.
o gelo na sua bebida.
o gelo entre nós.
derretendo.
nas nossas peles quentes.
sempre mais quentes que o gelo.
mas sempre a derreter.
como se também o frio fosse infinito.
e nós duas estivessemos para sempre presas
nessa geleira escaldante, desértica, infernal.
mas corta de frio e não de ponta.
o gelo que vira água
e escorre pelo seu corpo que é quente,
seu corpo que muda,
mas que é sempre mais quente que o gelo,
mesmo triste,
mesmo louco.
o gelo que dói a pele.
o gelo que emprazera o calor.
o gelo na sua bebida.
o gelo entre nós.
derretendo.
nas nossas peles quentes.
sempre mais quentes que o gelo.
mas sempre a derreter.
como se também o frio fosse infinito.
e nós duas estivessemos para sempre presas
nessa geleira escaldante, desértica, infernal.
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