Ainda tem algo que aperta.
É o bonito dela,
que me obriga a desviar o olhar.
A vida se põe óbvia na mesa:
é claro que é bonita
e que basta ser vivida.
O bom da vida,
o cheio,
vem de fechar os olhos,
e o corpo ir manso
nas correntes do estar.
Mas ela ainda é bela,
e há sempre algo que se perde.
Todos os dias na ausência,
algo que não viu o olhar.
Possibilidades que se perderam e se perdem.
Gotas de chuva escondidas nas gavetas ocultas,
do que não foi e não virá.
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