segunda-feira, outubro 03, 2011

déjame decirte de ti

Óculos, casinha do óculos. Copo dágua, três, um meio cheio, outro meio vazio, outro na metade. Papéis que se repetem: cedo à terra, me organizo para os organizar, os coloco iguais em outro lugar. Sobre meus dedos teclas macias. O ar um pouco carregado da tinta usada para losangos. Câmera, câmera, lente, lente, filtro. Livro, texto, sapo, sapo e ovelha. Agora já posso parar de descrever e falar o que eu tô pensando. Meu professor falou que eu só escrevo fluxo de consciencia e não sei descrever nem escrever histórias narrativas. Bobagem. Acabei de descrever um montão. Fora que me parece muito mais interessante que o Caetano Veloso cantando no meu quarto, o jeito que ele reverbera macio nas portas, o jeito que o lá fora repete um sorriso, essa doçura esparramada em alegria cruel da noite mansa. A palavra amor é muito vil, prefiro apelar para o espanhol meia boca do caetano.

2 comentários:

selene disse...

fatão, caetano pode reverberar macio, mas não chega aos pés de suas ovelhas.

Ana Roman disse...

fatão é geeeenio!


e o sorvete?