quinta-feira, janeiro 19, 2012

a camisa colorida que cobria

os dedos sujaram-se em dúvida
no pó ralo que sobrou em cima da mesa.

nas espáduas o sopro de talco,
a baforada quente, o som, o pré, o pan.

das mornas noites músculos elásticos escalando as paredes da ocasião,
em manhãs a sombra clara no olfato.

a poeira seca dos livros abandonados,
lidos em alturas indecifráveis no jardim da casa.

do tempo fina a areia,
prova concreta,
em cima do tampo da mesa.

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