sexta-feira, outubro 26, 2007

casa 8

o oco sei de cor o teu encanto
ímpio,
falo da superfície escassa
hábil criatura
volúvel
primária
.
deita-me as horas do melhor sono
em forma de delírio.
cansa-me a pele,
apenas,
durante todo o dia
deixar-te a ferida aberta como solução.
borbulha em forma de nuvens isso que te foge a boca,
enche-me as panturrilhas.
sem emoção nada
cheia do que te fala
do seu não ser inteiro e sem perguntas
mas ainda tu
há tu
que me questiona.
questões longas dilatam nosso labirinto.
cai a noite, e menos ainda, ele descansa.
não há,
afoito,
luz.
frio ferro e fogo,
nossos olhos se queimam na água
inteira fome
medo
somos criaturas do medo.
de deus nos olhos,
e de outras dores.

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