os ventos não favorecem ninguém, não se importam se já amanheci triste. pois se postam cinzas como memórias, e então chovem quando não há mais nada a fazer. há , porém, em dias como esses - arrogantes, malditos - outros meios pelos quais o sol, de mim, se aproxima - contrariando a vontade daquele que desconheçe meu nome. então, apesar da chuva, posso tocar o limiar virulento da vida. dias esses em que posso, além de todos os pré-nomes dados sem perdão, apenas sentar-me dentro de outros olhos e me reconhecer viva. lado a lado com um raro sujeito, sem grau algum de miopía na alma vasta.
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