essa manhã morta de escuro,
olha-se com os braços cruzados.
em cima do muro, manhã,
é daí que se vê,
olha-se com os braços cruzados.
em cima do muro, manhã,
é daí que se vê,
suas cores pálidas.
essa luz que te toma ao largo,
enche meus olhos de horror,
breu luminoso
de atos sem voltas,
essa luz que te toma ao largo,
enche meus olhos de horror,
breu luminoso
de atos sem voltas,
e palavras vazias.
é sem querer encarar-te os olhos que me entrego,
pois és absoluta manhã.
toma-me o tempo
toma-me o espaço,
invadindo-me em cada poro.
manhã, nasce
enquanto te olho.
é sem querer encarar-te os olhos que me entrego,
pois és absoluta manhã.
toma-me o tempo
toma-me o espaço,
invadindo-me em cada poro.
manhã, nasce
enquanto te olho.
Um comentário:
queria um colo seu.
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