na hora de juntar os talheres em prece o mundo começava seu fim.
chuva sem lágrimas
como um acesso de raiva,
o vento seco que levava o resto
de todas as coisas aos nossos olhos.
deixaram-nos numa rua conhecida,
tão pequena agora, quase beco.
uma rua de segredos,
uma rua de passados.
descemos com coragem
e encontramos a escuridão
enfrentada de cabeça alta
em todos lances de escada.
uma porta que se abre
e revela
um mundo escondido enquanto dormiamos.
centelhas de passado
presos num graveto.
entramos no quarto
e nos perdemos.
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