domingo, outubro 04, 2009

maria triste

pálido
abrupto.
uma voz ecoa no meio da noite.
no asfalto das ruas sem ninguém.
Sem alguém que ouvirá.
Todos os dias nas ruas vazias,
quantas vozes hão de existir,
para ninguém ouvir.
Eu sei que essa dor de garganta
é dor de silêncio apriosionado.
Que a dor de ouvido não é maltrato
(que na nossa classe desse mal não padecemos (muito)),
é querer igualdade e calar aos outros.
Quantas bobagens procriadas,
na fome do entendimento.
Ela passando
a luz bem baixa
vestido no vento e saudades.
Há paixão,
mas também a vida,
não basta.

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