a muralha se estirava preguiçosamente sobre a cidade.
seus pés cansados cinzas
seu corpo areia endurecida pela água da praia.
via a cidade crescer contida em seus muros,
o movimento fazia cocegas em sua barriga gorda.
se você andasse equilibrado em um só pé por toda sua extensão
ela lhe daria a mão no final
e o conduziria para sua casa.
ela lhe mostraria biscoitos de chocolate que nunca ficam bons,
e biscoitos de polvilho acertados.
lhe daria chá,
lhe mostraria seu cheiro.
as montanhas como primavera vista da janela
a luz alaranjada da alegria.
se você andasse equilibrado em um só pé por toda sua extensão.
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