sexta-feira, fevereiro 12, 2010

florisbela

a voz vazia e a lua cheia,
pintou os seus olhos de noite
para me deixar cantar sem ninguém ver.
deixou comigo seu cheiro,
que me seguiu.
meus olhos vermelhos,
os seus pretos.
tenho sonhos de acordar,
você bebe sonhos.
eu te chamei,
você me espera,
como outra que fui,
serei não sei,
dessa você larga a mão
e veste camisa amarela.

Um comentário:

Ana Roman disse...

Camisa Amarela
Composição: Ary Barroso

Encontrei o meu pedaço na avenida de camisa amarela
Cantando a Florisbela, oi, a Florisbela
Convidei-o a voltar pra casa em minha companhia
Exibiu-me um sorriso de ironia
Desapareceu no turbilhão da galeria
Não estava nada bom, o meu pedaço na verdade
Estava bem mamado, bem chumbado, atravessado
Foi por aí cambaleando se acabando num cordão
Com um reco-reco na mão
Depois o encontrei num café zurrapa do Largo da Lapa
Folião de raça bebendo o quinto gole de cachaça
Isso não é chalaça!
Voltou às quatro horas da manhã mas só na quarta-feira
Cantando "A jardineira", oi, "A jardineira"
Me pediu ainda zonzo um copo d’água com bicarbonato
Meu pedaço estava ruim de fato pois caiu na cama e não tirou nem o sapato
Roncou uma semana
Despertou mal-humorado
Quis brigar comigo
Que perigo, mas não ligo!
O meu pedaço me domina
Me fascina, ele é o tal
Por isso não levo mal
Pegou a camisa, a camisa Amarela botou fogo nela
Gosto dele assim
Passou a brincadeira e ele é pra mim