quinta-feira, fevereiro 25, 2010

solidão

O dia amanheceu chuvoso e pesado,
também confuso,
entre os impulsos que disputavam a atenção da inércia.
O peito se levanta da cama,
os olhos ficam.
O corpo se antecede ao tempo,
disputa com os carros o caminho certo,
o rio cansado de escorrer em vão enche-se até seu limite.
É pela lei da burocracia que os corpos dessa cidade se movem,
os pactos sociais internalizados em leis,
não em processos psiquicos.
Super-ego frouxo e armas na mesa.
Atravesso a cidade,
assino nomes,
aprovo medidas.
Nada faço com a consciência do corpo.
Os olhos na cama ainda fitam o teto.

Nenhum comentário: