segunda-feira, outubro 25, 2010

noite

a noite, esse bicho imenso e preguiçoso.
bicho negro,
do ventre de carnudos anéis acinzentados
que se arrasta lento.
sempre deixando rastro, elástico líquido, com cheiro de sexo usado.
a noite engole os homens com seus dentes verdes.
ninguém é jonas, mas ainda é um pacto.
verossímil,
inato.
entre o permitido
e o necessário.

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