os vizinhos ausentes.
eleva
embora os pés tijolos no chão.
não há nada que se beba antes do fim.
o concerto se baseia em vapores mais sutis,
os olhos
mais claros pela mentira contada
coragem da verdade daquele momento.
enquadrada pela janela, a outra
vida.
fora
todo calor se dissipa.
o ódio tornando quase harmônico pelo esmurrar do piano,
crê em um deus da ira.
o fora lá é ensolarado,
a menina passa olhando para dentro e nada vê.
é como conversamos e você se detém nos meus olhos,
minhas janelas estão embaçadas.
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