segunda-feira, junho 06, 2011

trouxa

eu sempre soube que quando eu olhava para o lado você roubava minhas coisas.
eu sei. sei que é uma acusação forte. mas não há de haver peso, quando nunca antes houve.
quando você roubava meus lápis vermelhos,
minhas borrachas persas.
quando você roubava meus encontros,
meus desencontros.

foi quando eu percebi que você queria roubar eu
que me apaziguei.
que você queria ser outra coisa
que não era você
e que talvez fosse eu.

isso você nunca vai ter.
a água quente e lenta de um ser em suas diferentes facetas.
nem monet pode com isso.
então te dou de presente todas minhas coisas.
te dou meu estojo.
te dou até meu coração.
para que você possa fazer mais do que pode,
para que enfim você possa roubar algo legítimo,
no mínimo - a vida do instante.

3 comentários:

Anônimo disse...

à água quente e lenta de um ser em suas diferentes facetas:

um dos mais pesados que li por aqui. talvez porque sinta que seja pra mim.

Anônimo disse...

All of me
Why not take all of me
can't tou see
i'm no good without you
take my lips
i want to loose them
and take my arms
i will never use them

your goodbye
left me with eyes that cried

how can i
go on dear without you
you took the part
that once was my heart
so why not take all of me

Ana Roman disse...

eu fiz pra alguém.
esse alguém talvez seja você.
mas não tenho como saber.