segunda-feira, março 18, 2013

amor

não consigo prestar muita atenção. as imagens vão se sobrepondo. os cheiros. ando sentindo muito. e o alcool ainda. neblinando tudo. mas não deixa de ser bom. as imagens que passam e se recortam. em si, as vezes, não me dizem nada. mas as vezes são, e nem percebo, e me distraio, a vida em si. hoje quando procurávamos apartamento, será que eu sempre vou lembrar? será que lembrar é sinonimo de importante? ou será que não significará nada, e amanhã já esqueci. hoje chovendo, entre a alegria e a gripe, será que eu vou lembrar? eu você no centro? será que sexta o dia inteiro com ele. o dia inteiro. entre risadas e compreensões e um tanto de trabalho? entre linhas escritas, imagens e sonhos, sonhos ainda persistem. quando esquecerei? até quando? e já já me esqueço, e passa como um vento. passará no peito? passará nessa outra dimensão, estranha e proibida, onde tudo continua acontecendo, infinitamente? será que afeto acaba? acho que não. acho que continua. continua. continua. quando eu era pequena eu achava que a gente morria quando a gente amava demais. você vivia vivia vivia acumulando amor. e quando entrava a gota derradeira, você morria. é mentira. eu ainda acredito um pouco nisso. nesses últimos dias o amor recortado em imagens sobrepostas e ébrias. o amor. acho que é isso que eles chamam de viver. deve ser.

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