terça-feira, agosto 13, 2013
opostos complementares
sentir que existe um lado leve, que plana na superfície das coisas, indo a todos lugares, e nenhum ao mesmo tempo. tendo o mesmo apreço pelo cheiro, pela cor, pelo tato. e de repente descobrir um avesso, que sente a textura das coisas como a própria pele, e vai descobrindo o mundo não de um fora, mas sim de um dentro. que ao invés de ir cada vez mais longe longe longe, como anseia no fundo o centauro e o passarinho dos nossos signos, vai cada vez mais dentro, dentro, dentro, dentro, até descobrir essa infinitude de se descobrir mundo,
e ficar só. e em silêncio.
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