segunda-feira, abril 14, 2014

sos

Domingo  a noite. Suspeito pra falar. Domingo é um dia que nasceu sem testa. Um dia esquisito. Que não segue as regras desse mundo besta em que tudo é dever ou prazer. Domingo não é nada disso. E a negada fica perdida. Hoje acordei meio na desilusão. Sensação de que as coisas em que acredito vão morrendo devagarinho. Brutal mesmo. Como um gato preso dentro de uma casa em que a água e a comida estão pra acabar.
Inspiro um ar cheio de uma coragem que invento, e adianta. Pouco, mas adianta.
Eu acredito na coragem. Na honestidade. Na tentativa. Eu acredito na alegria. Sem duvida. Acredito no amor. Acredito que tem um fluxo suave e gentil capaz de levar tudo e todos para um lugar bacana.
Acredito que ser verdadeiro sempre vale a pena.

Não tem valido. Pelo menos é o que me parece. Talvez seja a longo. Mas longuissímo mesmo prazo. Por que por enquanto, nada. Muitos babacas pegando o atalho. Muitas respostas a pequenas sinceridades com arrotos de mesquinharia. E eu, sei lá. Me sentindo perfeitamente sozinha aqui no meio dessa multidão. Na verdade acho que sempre me senti. Foram com poucas pessoas na minha vida que me senti em casa. Dez. Por aí.

To meio dessa descrença total fico esperando qualquer ruído, qualquer luz intermitente. Qualquer zumbido que possa denunciar hippies loucos, ets, galera do futuro. Qualquer pessoal mais bacana que possa vir aqui me resgatar.


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