terça-feira, setembro 11, 2007

tédio

ali naquela sala opaca indecisão entre o tudo e o nada eu me dizia em voz alta: iria morrer cedo. por ali ninguém desconfiava com seus ternos de vidros, os bolsos cheios de segredos.
as palavras cediam, eram pedras que a horizontalidade da água vencia.
eu te pedia com os olhos por um pouco de água, meus dentes estavam cheios de sede,
logo em pouco iriam sangrar. eu gritaria,
correndo por entre os obstáculos, os derrubando com beijos,
iria Gritar: quem pode saturar os caminhos nessa febre de sal,
as gengivas irão sangrar, e ninguém vai me livrar do tédio.

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