domingo, março 23, 2008
desabar sobre os homens
era isso de te ter acordando e bocejando os quês da noite olhando prum sol mal posto no nosso teto. sonhava. acordava. não era. não sabia bem aonde começavam as vontades e as mentiras. tinha ainda o que pensava e o que sentia, e quase nada passava das marcas zonzas do sono. sei que as pálpebas se abriam (lentamente, como sem vontade) e eu tinha ali, explicitamente ali. era o corpo bonito estendido na solidão do colchão. e eu me via pelos olhos de quem não era, e sorria, das vontades mais puras que surgiriam em todas as horas do dia. era aquele o segundo da honestidade mais densa. quando eu te via abrir num suspiro e um sorriso enchia-me o dentro. eu te abraçava, e então voltava a dormir.
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Um comentário:
vamos voltar a nos comunicar por blogs?
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