terça-feira, setembro 16, 2008

samba sobre o infinito

cores sem cor
violinos.
ladrilhos furta-cor.
te espero abraço.
te quero leitoso fruto desenganado
ladainhas no compasso de uma mentira
(dançar essa mentira a dois).
quero-te quero-te
natural como um suspiro.
a imensidão do breu
em comparação aos seus olhos
nadademais.
o mistério das coisas que não sei o nome,
deixo de lado pra te procurar.
escuto o som do mundo.
deixo ele, massa impermeável, entrar em mim.
úmida da agua que escorre de outros olhos.
o céu está completamente cinza.
mas a praia abarca mil segredos
- ainda.
ando nesse espaço
entre o mar e o vento.
desenho nessa linha mil desejos,
de fundir-me mais e mais a esses contornos.
afogar-me na paisagem
e morrer para se igualar,
ao por do sol
nascer da lua.

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