quinta-feira, junho 18, 2009

flores horizontais

flores brancas que vejo na murada de um sonho.
por cima de visgos e trepadeiras. sempre por cima do sonho.
acordada pois tudo lógico, na verdade dormia da certeza de que tudo poderia ser outro. nós como músicas rodando mundos em lp's antigos. nós em capaz envelhecidas de antigos cartazes. nós velocidade razante de outros automóveis. nós enfim. até isso acreditei ser possível.
acreditei ser possível a vida na morte. pois a música tocava nessa realidade densa de que te falo e eu em um minuto parei-me os momentos, e lembrei de ti. lembrei de ti e te ouvi cantando.
quando acabou a música nada mais dispos. voltei a aqueles momentos.
momentos envelhecidos pela passagem de uma memória. os mesmos rostos.

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