eu te seguro no ar suspensa no olho.
há os outros,
pois sim - os outros.
eles trocam palavras duras entre si,
e tem nas mãos tiras de papel,
que sangram sem perceber
aqueles que cercam seus movimentos impensados.
ontem quando te segurei nas mãos
procurava a palidez morena,
encontrei os diversos traços da solidão dos outros,
ainda não cicatrizados.
no conjugar impreciso do diálogo
te afastaram esses olhos
deixando sambar apenas o batuque raso
dos erros a que persistem.
e quanto aos outros,
perguntas o que faço.
eu te amparo no ar suspensa no olho.
há os outros,
pois sim - os outros.
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