tem algo ali que faz querer morrer um pouco.
ausência de contraste nas paredes
e as cores quentes mesmo se ocorressem
não teriam motivo de vida.
copos que passam de mão em mão,
hortelã e limão,
gelo e um pouco de açucar.
ela chamava de outro cômodo,
a voz ecoava pelas paredes de metal ou alumínio.
a parede tremia de indiferença e medo.
as gotas estalagtites, estalagmites,
os fundos de verdade.
o peito sentia frio no úmido - dentro e fora.
a menina assim fria olhava o relógio do mundo.
bocas secas,
beijos sem ideologia.
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