segunda-feira, dezembro 13, 2010

re-ver-na-água-o-peixe

li vários emails seus e dela. comecei lendo os dela, e fui entrando num terreno estranho, úmido, verde. chorei até. era um território de emoções ainda vivas, embora podres. algo como uma floresta muito antiga. eu andei nesse pântano e reconheci alguma doçura, alguma maciez, o contrário da dureza e frieza que tenho agora. no meio das coisas delas comecei a ver coisas suas, emails seus. as cores eram azuis, e vermelhas, era estranho, mas você era muito mais familiar para mim do que ela. eu te reconheci, olhei nos seus olhos. vi as frases que trocamos no ano passado, e torci, sem ne mesmo perceber no início, para você. eu era a imbecil que entendia sempre muito menos. todo ano tenho bronquite, todo ano sou obrigada a repensar tudo. todo ano sinto saudades e muita tristeza.
é assim que todo ano te vejo, e sinto, e resinto, e te amo pra sempre. é assim que pelo menos posso, ao invés de parar de escrever, escrever algo que talvez não seja poético, não seja literário, mas sincero e um pouco doce como eu costumava ser.

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