sexta-feira, fevereiro 18, 2011

mar

o absurdo. o absurdo.
talvez o absurdo possa vir salvar.
o corpo quer se embrenhar no cheiro precários das ervas.
é verde, úmido
e intimamente real,
daninhas ou não,
as ervas que não vejo nessa cidade.

escuto ao longe como uma respiração
o chamar rouco do mar.
os canais correndo
gostos salgados ou doces
se misturado na boca dos deltas.

por todos os poros invadem as naturezas precisas
cores azuis, verdes, amarelo quase cinza.
aqui nessa cidade sem mar, sem rio, sem quase nada,
a lua é cheia e a única vida sou eu e os outros.

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