quinta-feira, fevereiro 24, 2011

vermelho

bundas e peitos
e rostos cardíacos.
cidades de terra
e corpos perdidos.
sobe a poeira rubra,
sob os carnavais da fumaça
o sopro da carne brinca em seus rostos.

mãos dúbias,
línguas molhadas
duras.
entre dedos mamilos
festas.

os meninos sabem cantar e dançar,
vestidos com sua cor animal
pseudônimo.
eles sobem nos varais e se equilibram entre aves negras.

trombetas tocam
cornetas.
o tempo urge como a terra.

os corpos e os espaços conspiram,
instante largo e vermelho.

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