terça-feira, fevereiro 22, 2011

sol

dá medo, sim dá medo.
cheiro de escuro
placidez.
o gosto de sangue negro
por trás de todas as camadas de pele.
o cheiro de coagulo.
sim dá medo.
o gosto de poeira.
num dia meio morto,
num sábado meio morro,
o sol só me diz da sombra.

dá medo, sim dá medo.
o som das pessoas em casa
os vultos
quando é sábado e você está só.
o sol é forte e arrasta as sombras pela parede de casa.
mas não importa.
ainda dá medo,
sim, dá medo.

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