Sinto suas mãos se escorrendo pelo meu corpo, em nada parecidas com as metáforas sem osso dos poetas, que falam em água e fogo.
Suas mãos são de carne, sólidas e macias.
Elas sabem por onde ir, e vão, com ferocidade e segurança.
Sinto minhas costas se arqueando à mera sugestão de um arrepio,
e sua língua roxa entrando por cada curva e esconderijo do meu corpo.
Nos descobrimos em tato e gosto, envoltos nessa dança anfíbia.
Se suas mãos rudes quase machucam os momentos em que minha pele é mais delicada, sua umidade quase me cura, amolecendo-me numa zonzeira doce, para o começo do meio do fim - a rija entrada do seu corpo no meu.
5 comentários:
quando eu li, pensei que podia ser. hoje reli, chorei.
chorar não.... que "a vida é bela para quem sambar..."
mas que mal tem em sambar chorando?
ai então tá bom
bom bom!
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