sábado, abril 28, 2012

casa 12

a água me cobre os fios. nada me afoga, 
no território do dodecaedro eu sou peixe. respiro vacilantemente bem, esperando que os seres de outras naturezas possam me acompanhar. esse vidro riscado do lado de dentro da sombra brilha as luzes das frestas por onde podem sair para os olhos, onde digo coisas que aparentemente fazem sentido. 
carrego sem mantos um mar no peito, um ar na língua. 
sou, sem espanto, essa cachaça aguada, 
aprendendo a línguagem desses bichos estranhos e homens.

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