domingo, maio 27, 2012

martelo

Pegou um punhado de sal misturado com areia molhada, sentiu na língua o calor modorrento, esfregou o monte na pele pele, se desfazendo aos poucos. A pele morena, curtida, ficando mais forte, mais fraca, mais linda, com esse bruto contato. Passou a língua na pedra redonda e lisa do lado da arrebentação. Deixou o sol arder os olhos com uma resistência cã. Sentiu os cheiros dos cozidos que mulheres faziam protegidas na sombra molhada. Era todo agressivas sensações. Mordia o sal de todas as coisas. E sorria, sorria.

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