sexta-feira, junho 22, 2012

francisca

O lugar fora reformado para se tornar menos estreito, para que a mulher, rainha do mar, pudesse passar ilesa por entre as fileiras de poltronas antigas. Os corredores ainda eram cerrados, dentes afilados de peixes violentos. O ar amarelo e pesado, preenchido de poeira, velas e objetos de antiquário, parecia flutuar verde, vermelhoveludo e ligeiramente dourado sob as cabeças. A musica que viria inundaria os porões de dentro. Até os ouvidos começarem a pingar de gosto.

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