sexta-feira, junho 29, 2012

guantanamera

sinto falta do meu violao. do toque da minha propria mao.
delicada e austera, nas cordas sujas e familiares.
gosto do som azul do lá,
do vermelho sol
da escala amarela fá fá sustenido.
o meu violao se adequa na minha barriga, nos meus peitos, nos meus braços,
e as vezes no meu queixo,
apoiado estranho pensando, ou as vezes nem pensando.
converso com ele, nunca percebi.
tímido, moreno lindo.
esquentando o ar a volta.
eu nao tive porquinho da india nao,
tive violao.

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