domingo, abril 14, 2013

ar

uma semana meia e o sol não sai nem que. o café ainda esquenta e tenta acordar. a flor enfeita embora ainda não tenha cheiro. o luar? luar nenhum, a noite chove. mas o ar entra. e o ar sai. toca por dentro com sua mão branca, o dentro das costelas. sopra no pulmão. alcança numa curva todo e todo corpo, imenso neuronio, rede de pensar. em dias como esse, o carnaval clama, chama baixinho do centro da cidade, e o corpo cede na maré. canoa de madeira eira eira.
vai.
mas não esquece de respirar.

Nenhum comentário: