sexta-feira, julho 21, 2006

veloso

ele estava sentado manso a meu lado, dizendo as maiores baboseiras, mas com pura poesia. viajou na minha blusa, disse parecer miró, falou das coisas mundanas e de seus planos, de suas viagens, de suas dores. o dia passou quieto, e eu chorei sozinha e perdida na esquina. ele chegou mais uma vez manso, ajoelhou-se do meu lado, pegou nas minhas mãos, e olhou nos meus olhos embriagados de calor. falou suas coisas calmas, e citou agora as minhas dores, serviu-se de cerveja, e eu o amei assim.
entre um gole e outro, vendo atráves da lágrima e do gosto, nos livros que dizia e nos países que visitara. amei-o enfim, por um dia, e bastara.

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