sábado, novembro 17, 2007

vírgula

suco de laranja na bancada meio dia de sol.
o corpo estirado na varanda,
não tem para onde olhar,
e fuma os cigarros cheios de silêncio.
nenhum olhar já se encontra
.
toda intenção se perde,
músculos involuntários
e sem razão. dar-se inteira,
e não pela metade
é guardar-se para todos outros dias.

mas não um eu,
e sim um ela,
que quando a noite é escura e fria
não chama meu nome.
embora o tenha
embaixo da língua,
e longe do peito.
.

Um comentário:

Anônimo disse...
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