reconheço o instante denso,
lento, o encanto quanto
atravessa-me o mesmo peito.
da superfície
o momento imenso,
olha-me a luz como quem mergulha,
as profundezas escuras,
do céu do espírito ou mar.
de ser alegre, ou de ser triste,
Tocamo-nos com o coração fechado,
E é do mesmo abismo,
O que Deixamos para depois.
segunda-feira, abril 28, 2008
domingo, abril 27, 2008
paz nenhuma
Saber tudo isso não me garante paz alguma. O
pensamento põe suas mãos sob meus olhos, e com os
pés,
na minha úlcera se apoia.
pensamento põe suas mãos sob meus olhos, e com os
pés,
na minha úlcera se apoia.
terça-feira, abril 22, 2008
palavras
dar-se como quem não tem medo.
sem receio, viver é temer o tempo.
ébrio erro, a morte do desejo, o seio.
sem receio, viver é temer o tempo.
ébrio erro, a morte do desejo, o seio.
quinta-feira, abril 17, 2008
nostalgia ''
o tempo, esse pobre coitado,
deixa o vinho amargo.
o alcool sagrado,
não é doce nem é santo,
porque senão vinagre é casto.
não sei se é sono ou sobriedade,
se insônia ou se saudade,
o instante é o que se soma,
o que eu sei é o seu nome,
maria-mariana.
deixa o vinho amargo.
o alcool sagrado,
não é doce nem é santo,
porque senão vinagre é casto.
não sei se é sono ou sobriedade,
se insônia ou se saudade,
o instante é o que se soma,
o que eu sei é o seu nome,
maria-mariana.
nostalgia '
foi quando na pele senti uma ponta de qualquer calor,
no corpo espontâneo, um estalo,
e tive medo quando percebi que deitando no meu ombro,
você podia escutar os meus segredos.
no corpo espontâneo, um estalo,
e tive medo quando percebi que deitando no meu ombro,
você podia escutar os meus segredos.
nostalgia
olha ao longe a figura
é seu filho e carrega
carrega o mundo nos ombros.
olha ao longe, observa
seus olhos perderam o brilho,
suas mãos perderem a maciez.
meu deus, olha e chora.
não há volta.
não será hoje nem amanhã.
olha seu filho,
fina flor da manhã,
perdeu as esperanças.
se tornou mais um de nós.
cegos e surdos,
olhando para o horizonte,
à procura de nossos filhos.
de quando eu era menor
é seu filho e carrega
carrega o mundo nos ombros.
olha ao longe, observa
seus olhos perderam o brilho,
suas mãos perderem a maciez.
meu deus, olha e chora.
não há volta.
não será hoje nem amanhã.
olha seu filho,
fina flor da manhã,
perdeu as esperanças.
se tornou mais um de nós.
cegos e surdos,
olhando para o horizonte,
à procura de nossos filhos.
de quando eu era menor
?
você sorri pra mim e assim como chegou, vai.
para sempre só o que deixará para mim.
e a outra, estirada no sofá, contando os dedos,
ignorando os beijos
do rapaz com os pés descalços.
é porque a música invade a sala
e inflama nosso peito caótico já
de fumaça.
através dela que ainda te vejo,
suas costas quietas,
quase sem desejo.
é noite e me basta,
o seu silêncio.
para sempre só o que deixará para mim.
e a outra, estirada no sofá, contando os dedos,
ignorando os beijos
do rapaz com os pés descalços.
é porque a música invade a sala
e inflama nosso peito caótico já
de fumaça.
através dela que ainda te vejo,
suas costas quietas,
quase sem desejo.
é noite e me basta,
o seu silêncio.
quarta-feira, abril 16, 2008
desvolução
o homem.
o homem é a falta.
o homem, é homem.
- existe para fora.
a pedra, pedra.
a pedra que não precisa saber.
a pedra é.
a pedra.
o homem é a falta.
o homem, é homem.
- existe para fora.
a pedra, pedra.
a pedra que não precisa saber.
a pedra é.
a pedra.
quinta-feira, abril 03, 2008
marte
se você ainda tivesse a umidade de toda mulher.
se ainda me aquecesse ou me esfriassse.
se ainda,
umidade da chuva,
calor do trem,
medo do escuro.
o mundo me acolhe
e também me cospe,
como é e há de ser.
e você é só parte do mundo.
se ainda me aquecesse ou me esfriassse.
se ainda,
umidade da chuva,
calor do trem,
medo do escuro.
o mundo me acolhe
e também me cospe,
como é e há de ser.
e você é só parte do mundo.
terça-feira, abril 01, 2008
contramão
marcha das formigas pra de baixo da minha cama
minha alma fica pros cupins
pra sobremesa dos besouros, ficam os olhos.
segunda feira cansada,
a mesma ensimesmada loucura
de balançar os sonos no trem.
meu braço alcança a parede,
mas quer encontrar o mundo.
é tarde,
a lua é o sol,
é tarde demais.
os olhos vermelhos da idéia
que viver não é motivo pra chorar,
as vontades enconstadas num canto,
recolhidas pelo lixeiro.
as flores são mortas e fartas,
e as sombras dos homens.
minha alma fica pros cupins
pra sobremesa dos besouros, ficam os olhos.
segunda feira cansada,
a mesma ensimesmada loucura
de balançar os sonos no trem.
meu braço alcança a parede,
mas quer encontrar o mundo.
é tarde,
a lua é o sol,
é tarde demais.
os olhos vermelhos da idéia
que viver não é motivo pra chorar,
as vontades enconstadas num canto,
recolhidas pelo lixeiro.
as flores são mortas e fartas,
e as sombras dos homens.
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