como um corpo desfigurado
que a morte levou nos braços,
assim era o seu quarto vazio.
vagos traços familiares,
linhas - as mesmas
contornos - sem vida.
a calma de uma poeira antiga,
essa sim com vida própria,
a reclamar o quarto.
luzes passageiras,
brilhos sem lusco-fusco.
seu quarto também era como o passado.
pois de todas as vezes que estive lá,
dessa, lembrei a primeira.
lembrança como coisa viva,
mais viva que a vida,
mais viva que o dia,
mais viva que o quarto.
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