domingo, junho 29, 2008

difusa como as profundezas do mar.

eu quero aprender a língua do vento.
escuta, e se eu te cantasse,
e se eu te levasse?
não sabes cantar.
pois sei.
pois não.
não
sabes.
e elas cantaram as músicas dos passarinhos,
longe longe do vento.
eu passava os dedos pelos seus cabelos
e me perdia em labirintos inventados.
e então voava pra fugir disso tudo,
encantada,
que nem o outro moço lá,
pra ficar tanto perto do sol quanto do mar.
eis que encantadoras vidas me levaram as asas,
náufrago merecido.
eis-me num mito perfeito,
do herói naufrágio.
com todos os dedos da mão
e do pé,
e um a menos coração.

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