o barulho da escada rolante do metro enchia de alguma coisa o que dentro mim eu chamava de peito. você, linda como sempre, relance do vento que levou minhas coisas embora, amarrava o tenis sem nenhuma alegria.
foi então que a mulher mais bonita do mundo venho na minha direção. ela deixava a escuridão da rua, com tanta certeza, e sorrindo pra mim, que eu implorava com o olhar para que ela parasse, ao invés do mundo.
ela atravessou-me. com a mesma pressa que olhara-me, mais preciso furara-me, antes. cuspida da escuridão, engulida pelo mundo mecânico do metro.
foi aí que você levantou. e não soube, não sabia, de tudo aquilo que era então o meu segredo. (não houvessem as câmeras de vigilância).
talvez então tenha procurado algo estranho dentro, fundo, dos meus olhos. e talvez tenha encontrado o rabo do vestido vermelho, saindo tão tarde de quadro.
ou talvez não, pois você mesma disse que ocupava-se a mais, olhando a si própria refletida no meu olhar. tentando se ver como eu te via, e falhando vez após vez.
vem e me dá sua mão, vamo embora desse saguão frio do metro, se você não tiver frio podemos virar naquelas esquinas. vem, e me dá sua mão. o mundo inteiro parou pra podermos ir embora, e eu ainda escuto o ruído da escada rolante.
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2 comentários:
não fosse também você escrever aqui...
você não tá entendendo quase nada do que eu digo..
eu quero é ir embora
eu quero é dar o fora!
e quero que você venha comigo......
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