todos os dias se deitava no quintal e sabia que seu corpo ia coçar.
ela odiava se coçar todos os dias
e constantemente dizia a si mesma que nunca mais deitaria ali.
no entanto, no prenúncio da noite,
afogada pelos tons cruéis do crepúsculo,
suas costas voltavam-se para o leito da grama.
ela se deixava esvaziar das geadas de pensamento acumuladas pelo dia,
e as vezes sorria.
quando deixava seu corpo inerte,
ela perdia de vista as constelações,
e via escondida pela sebe do jardim,
uma menina pálida,
deitada na grama,
olhando as estrelas.
e as vezes sorria.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário