era sábado.
o sétimo, e último dia.
levantando-se assim com pressa, com frio,
com as pernas moídas,
as juntas formigando,
os olhos cansados do sol.
era sábado,
embora fosse domingo e o apartamento cheirasse a mofo,
as coisas espalhadas pela sala,
jogadas no chão.
o sol que caminhava pela sala,
cada vez mais azul o domingo.
chorando dessa forma com as marcas de dedo presas a garganta,
sem forças nem coragem para chorar.
calado assim,
olhando os carros passando sombras pela sala.
era sábado a noite,
talvez fosse,
embora fosse um dia ensolarado.
e ele enrolasse as mãos nos pápeis higiênicos.
quando via o espelho sorria,
quando chegava carta tinha medo.
era sábado,
embora fosse um deserto.
e a sala vazia,
e o sol ausente.
e o seu corpo quase morto.
era tarde.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Um comentário:
c.f.a.
claramente
Postar um comentário