eu escuto sua voz como um cataclismo dentro da minha caixa toráxica.
algo que soava mais ou menos como o fim, como um abismo criado, ou como a escuridão. eu não lembro bem as suas palavras, não lembro o tema nem as maneiras. lembro que eu me calei em desespero, não porque era a melhor opção para o derradeiro. mas porque era a única opção para aquele momento de pouco ar e muita água. o ar faltou, o corpo colérico, porém com pouca pressão, perdeu a forma como um saco vazio. os olhos encheram-se de água, os pulmões de grito, mas nada aconteceu. clinicamente morri por dois instantes, que eram segundos, que eram anos, que eram vidas, pelo menos a minha, a sua e a dos nossos filhos. e a dos nossos netos. morri de grito e impossibilidade até você por as mãos na minha volta. até você por os olhos no meu corpo. e me chamar. e transformar o terremoto em chuva.
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10 comentários:
Que coisa linda!
Senti um arrepio gostoso no corpo!
Parabéns pela extrema sensibilidade!
na verdade eu evito de entrar aqui, e te ler, e qq coisa. mas entrei e gostei desse.
beijo
Saudades.
beijo.
que ironia, o tito e eu na mesma página.
bjs (tímidos e tolos)
Jubalina,
você é sempre bemvinda para visitar, passar e deixar sua marca. Você e ironicamente o Tito são meus leitores mais antigos e queridos de rima. Só não me fala as coisas difíceis e ruins que eu prefiro viver sem imagina-las.
Saudades.
E Tito!
Me liga quando puder?
acho que é uma ironia doce, não disse coisas ruins, eu também prefiro não imaginá-las.
bjs em tu
e no tito
Não sou da turma, mas sou fã. Cada vez mais, cada dia mais. Intensamente. É sempre inacreditável saber que alguém pode tecer, cardar, tramar tão lindamente os fios das nossas sutilezas. Você é demais, menina...beijos, da esquecida
você é da turma sim!
!
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