segunda-feira, janeiro 04, 2010

pensar

a mesa disposta de carvalho antigo,
a carta a se fechar entre seus dedos.
na memória futura um recado que voa distâncias,
cruza países,
e faz o que ninguém dessa família tem a ambição de fazer:
te encontra.
a carta indelével ao sabor das índias,
temperaturas quentes do sul,
hábitos escassos e rosados dos suecos.
nela te escrevo dos nossos males,
doenças e dias e dias.
nela tem medo e perseverar.
há saudade,
desse ser morno e espectral que sempre se vai.

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