raízes,
matas inteiras.
Poços escuros,
almas insones.
Os olhos que veem.
Cria uma linha obscura entre o sujeito e o verbo,
o movimento ruidoso do mundo,
e o anteparo.
Olhos mudos, surdos,
talvez burros.
Tímidos olhos,
que fitam a paisagem e pouco dizem,
mesmo que às vezes chorem.
Olho obrigado,
nascido e feito para ver,
o tempo todo
e o que tiver.
Olhos que nos sonhos viram para dentro,
fitando os filmes da memória.
Olhos que só descansam quando morrem.
Olho mudamente obrigado a ser,
fita o mundo que fala,
e não se cala.
Um comentário:
essa poesia é linda! bom ter olhos neste momento.
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