quinta-feira, novembro 16, 2006

lira

eu não sei,
de quase nada,
do que veio depois,
do que veio antes.
de quase tudo,
eu não sei nada.
do que veio antes do depois,
e que foi depois do antes.

eu não sei do tempo, nem do erro, nem da morte, nem de sartre.
eu não sei dirigir caminhão, andar só com as mãos, ou ouvir um não.
sei só o saber
do melhor é não saber.

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