se eu pudesse escrever uma carta de amor agora, não seria para uma camila, nunca. tampouco uma bia, talvez uma lia. lua de lia. morena de samba. duas horas da manhã e me bastaria uma lia.
eu lembraria do seu sorriso,
e não é que quando me encanto sei transpor isso ao outro, no instante de uma palavra?
por trás de cada sílaba antes o ritmo do que o fatídico sentido,
sei sim,
e o sorriso de lia.
a faria um samba, se é que tu me entendes.
como uma ladeira iluminada de sol,
como uma saudade,
gato, gato. rato. triste saudade.
triste saudade de lia.
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